O avanço da tecnologia trouxe muitas facilidades para o dia a dia, mas também abriu caminho para a atuação de criminosos que aplicam golpes cada vez mais sofisticados. Um dos alvos mais frequentes desses golpistas são os idosos, especialmente aqueles que recebem benefícios do INSS. Entre as fraudes mais comuns está o golpe da falsa revisão do INSS, uma armadilha que se aproveita da falta de informação e da vulnerabilidade desse público.
Nos últimos anos, o número de golpes contra aposentados e pensionistas tem aumentado consideravelmente. Os criminosos utilizam diferentes estratégias, como ligações telefônicas, mensagens de WhatsApp e até correspondências falsas, para convencer suas vítimas a fornecer dados pessoais ou realizar pagamentos indevidos. Muitos idosos, na esperança de receber valores retroativos ou correções em seus benefícios, acabam caindo nessa cilada e sofrendo prejuízos financeiros.
Diante desse cenário preocupante, é essencial informar a população sobre o funcionamento desse golpe e as melhores formas de se proteger. O objetivo deste artigo é alertar aposentados, pensionistas e seus familiares sobre essa prática criminosa, ensinando a identificar sinais de fraude e a tomar medidas preventivas para evitar cair nessa armadilha. Afinal, a informação é a principal arma contra esses golpes.
O golpe da falsa revisão do INSS é uma prática criminosa que tem enganado milhares de aposentados e pensionistas em todo o Brasil. Os golpistas se passam por funcionários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e alegam que a vítima tem direito a uma revisão no valor do benefício. Com discursos persuasivos e uso de documentos falsos, eles convencem os idosos a fornecerem dados pessoais ou até realizarem pagamentos para supostas taxas administrativas.
Como funciona o golpe.
Os criminosos entram em contato com a vítima por telefone, e-mail, WhatsApp ou até mesmo por meio de cartas enviadas pelo correio. Eles alegam que, após uma reavaliação de benefícios, o aposentado tem direito a um valor retroativo, muitas vezes expressivo. Para receber essa quantia, no entanto, a vítima é instruída a pagar uma suposta taxa de liberação ou a fornecer informações bancárias.
Outra estratégia comum é a solicitação de documentos, como cópias do RG, CPF, comprovantes bancários e até senhas, sob a justificativa de que são necessários para agilizar o pagamento da revisão. No entanto, esses dados são utilizados para aplicar outros golpes financeiros, como saques indevidos e contratação de empréstimos fraudulentos em nome da vítima.
Principais estratégias usadas pelos golpistas.
- Aparência de oficialidade: Os criminosos utilizam nomes de órgãos públicos, selos falsificados e linguagem formal para dar credibilidade ao golpe.
- Urgência e pressão psicológica: Eles afirmam que a revisão tem um prazo curto para ser solicitada, levando o idoso a tomar decisões precipitadas.
- Contato por canais não oficiais: O INSS nunca entra em contato via WhatsApp, e-mails ou telefonemas pedindo dados pessoais ou cobrando taxas, mas os golpistas exploram esses meios para enganar as vítimas.
- Solicitação de pagamento antecipado: Um dos sinais mais claros de golpe é a exigência de depósitos ou transferências bancárias para liberar supostos valores atrasados.
Exemplos reais de fraudes aplicadas.
- Idosa perdeu mais de R$ 5 mil: Em São Paulo, uma aposentada de 72 anos recebeu uma ligação informando que tinha direito a R$ 38 mil de revisão do INSS. Para liberar o valor, precisaria pagar R$ 5.200 em “taxas administrativas”. Após a transferência, os criminosos desapareceram.
- Golpe do boleto falso: No Rio de Janeiro, um pensionista recebeu uma carta supostamente enviada pelo INSS, contendo um boleto para pagamento de uma taxa de revisão. Ao pagar, descobriu que o documento era falso e perdeu R$ 1.800.
- Criminosos usaram nome de advogado para enganar vítimas: Em Minas Gerais, um grupo de golpistas se passou por um escritório de advocacia especializado em revisões do INSS. Eles prometeram ganhos elevados e conseguiram enganar dezenas de idosos, que pagaram valores antecipados sem nunca receber nada em troca.
Diante dessas táticas cada vez mais elaboradas, é fundamental que aposentados e pensionistas fiquem atentos e saibam identificar sinais de fraude. No próximo tópico, vamos entender por que os idosos são os principais alvos desses criminosos e como evitar cair nessas armadilhas.
Por que os idosos são alvos fáceis?
Os criminosos que aplicam o golpe da falsa revisão do INSS sabem exatamente como escolher suas vítimas. Os idosos são os principais alvos porque, além de serem mais vulneráveis financeiramente, muitas vezes não têm acesso fácil a informações atualizadas sobre seus benefícios. A falta de conhecimento sobre os procedimentos do INSS e a confiança em comunicações formais fazem com que essa parcela da população esteja mais exposta às fraudes.
Falta de informação sobre revisões reais do INSS.
Muitos aposentados e pensionistas desconhecem as regras sobre revisões de benefícios. Os golpistas se aproveitam desse desconhecimento para convencer as vítimas de que elas têm direito a valores retroativos, tornando a fraude ainda mais convincente. Como as revisões legítimas do INSS existem e podem, de fato, resultar em pagamentos adicionais, os criminosos usam esse argumento para dar credibilidade ao golpe.
Além disso, a falta de acesso à internet e a dificuldade em navegar em plataformas digitais impedem muitos idosos de verificar as informações diretamente nos canais oficiais do INSS, aumentando a chance de acreditarem nas falsas promessas.
Desconhecimento sobre os procedimentos oficiais.
O INSS possui canais específicos para informar seus beneficiários sobre qualquer tipo de revisão ou atualização de valores. No entanto, muitos idosos não sabem como esses processos funcionam e, por isso, não desconfiam quando um suposto representante do INSS entra em contato oferecendo um pagamento imediato.
Os golpistas exploram essa falta de familiaridade com os trâmites burocráticos e criam situações urgentes para pressionar a vítima a agir rapidamente. Isso leva muitos aposentados a tomar decisões impulsivas, sem antes buscar informações seguras sobre o assunto.
Maior confiança em contatos telefônicos e cartas oficiais.
Diferente das gerações mais jovens, que costumam ser mais céticas em relação a ligações desconhecidas e mensagens suspeitas, muitos idosos ainda confiam plenamente em contatos telefônicos e correspondências enviadas pelo correio. Essa confiança facilita a ação dos golpistas, que utilizam números falsificados para se passar por funcionários do INSS e até enviam documentos com aparência oficial para enganar as vítimas.
Muitos idosos foram acostumados a resolver questões burocráticas presencialmente ou por meio de documentos impressos. Por isso, quando recebem uma carta com timbres falsificados ou uma ligação bem estruturada, tendem a acreditar na veracidade da informação sem questionar sua procedência.
Compreender por que os idosos são alvos fáceis desse tipo de fraude é essencial para ajudar a protegê-los. No próximo tópico, vamos abordar as principais formas de abordagem dos golpistas e como identificá-las para evitar cair nessa armadilha.
Principais formas de abordagem dos golpistas.

Os criminosos que aplicam o golpe da falsa revisão do INSS utilizam diferentes estratégias para enganar aposentados e pensionistas. Eles se aproveitam da credibilidade do INSS e exploram canais de comunicação comuns, como telefonemas, mensagens de WhatsApp, e-mails e até cartas enviadas pelos Correios. O objetivo é sempre o mesmo: convencer a vítima de que há valores a receber e induzi-la a fornecer informações pessoais ou realizar pagamentos indevidos.
Telefonemas se passando por funcionários do INSS.
Uma das abordagens mais frequentes é o golpe por telefone. Os criminosos ligam para a vítima, se identificam como funcionários do INSS ou de escritórios de advocacia especializados em revisões de benefícios e informam que há um valor retroativo disponível. Para tornar o golpe mais convincente, eles podem:
- Utilizar nomes e números falsificados para parecerem oficiais.
- Criar um senso de urgência, dizendo que a vítima precisa agir rapidamente para não perder o suposto benefício.
- Solicitar dados pessoais, como CPF, número do benefício e informações bancárias.
- Pedir pagamentos antecipados para liberar o valor da revisão.
Como muitos idosos confiam em ligações telefônicas e têm dificuldade para checar a veracidade da informação, esse método tem sido amplamente explorado pelos golpistas.
Mensagens de WhatsApp e e-mails fraudulentos.
Outra estratégia comum é o uso de WhatsApp e e-mails falsos para enganar as vítimas. Nesses golpes, os criminosos enviam mensagens alegando que o aposentado tem direito a um pagamento extra e que precisa confirmar seus dados para receber o valor. Algumas táticas incluem:
- Criar mensagens com linguagem formal e logotipos falsificados para parecerem oficiais.
- Enviar links fraudulentos que direcionam a páginas falsas do INSS, onde a vítima insere seus dados pessoais.
- Anexar boletos falsos para cobrança de supostas taxas administrativas.
- Utilizar perfis no WhatsApp com fotos e nomes que imitam órgãos públicos.
Vale destacar que o INSS não entra em contato pelo WhatsApp ou e-mail para solicitar informações pessoais ou pagamentos, o que torna esse um claro sinal de golpe.
Cartas falsas com informações convincentes.
Além das abordagens digitais e telefônicas, muitos criminosos utilizam cartas enviadas pelos Correios para aplicar o golpe da falsa revisão do INSS. Esses documentos são elaborados com grande nível de detalhe para parecerem legítimos e geralmente incluem:
- Logotipos falsificados do INSS ou de entidades jurídicas para dar credibilidade.
- Texto formal e bem estruturado, simulando uma notificação oficial.
- Instruções para pagamento de taxas via boleto bancário.
- Contatos falsos para a vítima tirar dúvidas, onde os criminosos reforçam a farsa.
Como muitos idosos ainda confiam em documentos impressos e costumam resolver questões burocráticas pessoalmente, esse tipo de golpe tem um alto índice de sucesso entre as vítimas.
Saber identificar essas abordagens é essencial para evitar cair em armadilhas. No próximo tópico, vamos explicar como reconhecer os sinais de fraude e o que fazer para se proteger desses golpes.
Como identificar um golpe da falsa revisão do INSS?
Os golpes envolvendo a falsa revisão do INSS estão cada vez mais sofisticados, mas é possível identificar sinais claros de fraude e evitar cair nessas armadilhas. Conhecer as táticas dos criminosos e saber como verificar informações é essencial para a segurança dos aposentados e pensionistas. A seguir, destacamos os principais indícios de golpe e as melhores formas de se proteger.
Sinais de alerta em ligações e mensagens.
Os golpistas utilizam abordagens persuasivas para enganar suas vítimas, seja por telefone, WhatsApp, e-mail ou até cartas. Alguns sinais de alerta que indicam uma possível fraude incluem:
- Ligações inesperadas de supostos funcionários do INSS informando sobre revisões que você não solicitou.
- Urgência na resposta, pressionando a vítima a agir rapidamente para não perder o benefício.
- Solicitação de dados pessoais ou bancários, como número do benefício, CPF, senhas e informações de conta corrente.
- Pedidos de pagamento antecipado para liberar valores atrasados ou agilizar processos administrativos.
- Mensagens por WhatsApp ou e-mails com links suspeitos, que podem levar a páginas falsas para roubo de dados.
O INSS não entra em contato por telefone, WhatsApp ou e-mail para oferecer revisões ou solicitar pagamentos, então qualquer abordagem desse tipo deve ser tratada com desconfiança.
Conferindo informações nos canais oficiais do INSS.
A melhor forma de verificar a veracidade de qualquer informação sobre seu benefício é consultando os canais oficiais do INSS. Algumas maneiras seguras de obter informações são:
- Portal Meu INSS (meu.inss.gov.br): No site ou aplicativo oficial, você pode consultar extratos de pagamento, solicitar serviços e acompanhar seu benefício de forma segura.
- Telefone 135: Esse é o único canal oficial de atendimento telefônico do INSS. Caso receba uma ligação suspeita, desligue e ligue diretamente para o 135 para confirmar a informação.
- Agências do INSS: Se preferir atendimento presencial, vá até uma agência oficial, sempre agendando previamente pelo Meu INSS ou telefone 135.
Nunca confie apenas em informações passadas por terceiros. Sempre consulte diretamente os canais do INSS para ter certeza da autenticidade de qualquer comunicação recebida.
Nunca realizar pagamentos antecipados.
Um dos principais indícios de golpe é a exigência de pagamentos antecipados para liberação de valores supostamente devidos ao aposentado ou pensionista. O INSS não cobra nenhuma taxa para realizar revisões de benefícios, e qualquer pedido de pagamento deve ser considerado uma fraude.
Os criminosos costumam solicitar depósitos, transferências bancárias ou até o pagamento de boletos falsificados. Se alguém pedir qualquer valor para liberar um benefício, desconfie imediatamente e denuncie.
Identificar um golpe a tempo pode evitar grandes prejuízos. No próximo tópico, explicaremos o que fazer ao perceber que está diante de uma tentativa de fraude e como denunciar os criminosos.
O que fazer ao identificar um golpe?
Caso perceba que está diante de uma tentativa de golpe da falsa revisão do INSS, é fundamental agir rapidamente para evitar prejuízos e impedir que mais pessoas sejam enganadas. Os criminosos utilizam diferentes abordagens para convencer aposentados e pensionistas, mas a precaução e a denúncia são as melhores formas de combater essas fraudes. Veja os passos que você deve seguir ao identificar um golpe.
Não fornecer dados pessoais ou bancários.
O primeiro e mais importante passo é não compartilhar informações pessoais, bancárias ou documentos com desconhecidos. Golpistas costumam pedir:
- CPF, RG e número do benefício do INSS.
- Senhas e códigos de confirmação enviados por SMS.
- Informações bancárias, como número da conta e agência.
- Fotos de documentos pessoais.
Se você receber um telefonema, e-mail ou mensagem pedindo qualquer um desses dados, desconfie imediatamente e encerre o contato. Caso já tenha fornecido informações, entre em contato com seu banco e o INSS para relatar a situação e reforçar a segurança da sua conta.
Denunciar à ouvidoria do INSS e à polícia.
Sempre que identificar ou sofrer uma tentativa de golpe, denuncie às autoridades competentes. Isso ajuda a evitar que mais pessoas sejam vítimas. Você pode registrar a denúncia nos seguintes canais:
- Ouvidoria do INSS: Ligue para o telefone 135 ou registre a reclamação no site oficial gov.br/inss.
- Polícia Civil: Vá até uma delegacia ou registre um boletim de ocorrência online no site da polícia do seu estado.
- Procon: Se houver tentativa de cobrança indevida, você pode denunciar ao Procon para que medidas sejam tomadas contra os fraudadores.
Além disso, se o golpe envolveu um golpista se passando por um advogado ou escritório de advocacia, a denúncia pode ser feita à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Alertar familiares e amigos para evitar novas vítimas
Muitos idosos caem nesses golpes porque não têm acesso fácil a informações sobre fraudes. Por isso, é essencial compartilhar essas orientações com familiares e amigos, especialmente aqueles que recebem benefícios do INSS.
Algumas formas de ajudar a prevenir novas vítimas incluem:
- Explicar que o INSS não entra em contato solicitando pagamentos ou dados pessoais.
- Ensinar idosos a desconfiar de ligações suspeitas e mensagens não solicitadas.
- Ajudá-los a usar o portal Meu INSS e o telefone 135 para consultar informações seguras.
A informação é a melhor arma contra esses golpes. Quanto mais pessoas estiverem cientes dessa fraude, menor será o número de vítimas. No próximo tópico, reforçaremos a importância da prevenção e como garantir que aposentados e pensionistas não sejam enganados.
Conclusão.
A informação é o maior aliado na luta contra o golpe da falsa revisão do INSS. Ao compreender as táticas usadas pelos criminosos, fica mais fácil identificar uma tentativa de fraude e proteger seus dados pessoais. Além disso, a prevenção é fundamental: quanto mais pessoas souberem como esses golpes funcionam, menor será a chance de novos aposentados e pensionistas caírem nas armadilhas armadas pelos golpistas.
É essencial que consultas sobre benefícios e revisões sejam feitas diretamente nos canais oficiais do INSS. O portal Meu INSS, o telefone 135 e as agências físicas são os meios seguros para verificar qualquer informação sobre seu benefício. Ao tomar essas precauções, você estará evitando muitos dos riscos associados a fraudes e poderá garantir que seus direitos sejam preservados de forma segura.
Por fim, compartilhar o conhecimento adquirido sobre esses golpes é uma maneira poderosa de proteger não apenas a si mesmo, mas também outras pessoas, especialmente aquelas que podem não ter acesso fácil à informação. Converse com familiares, amigos e colegas sobre o risco dessas fraudes e ajude a criar uma rede de proteção para evitar que mais pessoas sejam enganadas. Prevenir é sempre a melhor solução, e juntos podemos tornar as fraudes menos eficazes e mais fáceis de identificar.